O povo brasileiro carrega uma fama pelo mundo, o de ser um povo solidário. Será que é mesmo?

A história do Brasil não começou com atos de solidariedade, pelo contrário. O país, desde o início, sofreu com interesses econômicos que resultaram em extração de matérias primas, exploração de povos originários e escravidão. Com isso, veio a desigualdade social e criou raízes em nossa cultura, fazendo com que colhemos seus frutos diariamente.

Não se nasce solidário, tornar-se solidário

A desigualdade social, ou o abismo que existe entre o rico e o pobre – uma herança da nossa história colonial – aflorou-nos o senso de solidariedade. A partir daí, começamos a olhar para os nossos problemas sociais e ambientais enquanto espécie, e a buscar soluções para a manutenção da vida humana. E, ao longo da nossa recente história, redes de solidariedade humana vem tentando minimizar os impactos da desigualdade social no Brasil e no mundo, como é o caso da Pastoral da Criança.   

Também podemos chamar essas redes de solidariedade de ONGs, organizações de captação de recursos, instituições filantrópicas, dentre outras modalidades de investimentos sociais e ambientais criadas pela sociedade civil. A partir daí, inicia-se um movimento em busca de recursos para doações, que podem ser entendidos como, serviços, dinheiro, bens materiais. O intuito é levar melhores condições de vida para todos, em paralelo aos esforços dos governos, Estados e empresas.

Alguns dados importantes

As doações têm por objetivo reduzir ou mesmo extinguir as condições precárias que muitas pessoas ainda vivem no mundo. E para ilustrar essas informações, alguns dados da ONU – Organização Mundial das Nações Unidas – apontam para um cenário extremamente preocupante. Segundo o relatório que mede o estado da insegurança alimentar no mundo, o Brasil tem pelo menos 61 milhões de pessoas com insegurança alimentar grave ou moderada. Em outras palavras, 3 em cada 10 brasileiros passam fome. 

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A fome é uma situação extrema para qualquer povo, o que quer dizer que antes deste estágio há outros problemas sociais igualmente graves e preocupantes, como a ausência de políticas públicas voltadas para educação, saúde e assistência social. Essa é a hora de colocar a nossa fama de brasileiro contra a parede e nos questionar: “o que eu tenho feito para mudar este cenário?”.

Impacto Positivo

Uma sociedade civil forte e organizada é capaz de transformar e fortalecer o seu povo. Um povo fortalecido gera governo e Estado melhores, capazes de assegurar as necessidades básicas para uma vida digna. Visto isso, aquele que doa – tempo, dinheiro ou bens – além de praticar um ato de solidariedade, também exercerá sua cidadania, cuidando para que seus direitos como cidadão sejam cumpridos.

E se nós conseguimos fazer você entender que a cultura de doação é um serviço prestado por uma sociedade civil forte para tornar uma nação igualmente forte, então nós conseguimos cumprir o nosso papel. Portanto, se você está tendo a oportunidade de acessar essas informações, também pode ser um doador e ainda fazer crescer a cultura de doação no nosso país.